DO SOCIALISMO DO CAPITAL |
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Barata Cichetto
Toda a Poesia Que Eu Pude Carregar |
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Com a mesma moeda que pagamos patrões e empregados Quitamos as contas com os crentes e com os degenerados; E damos o mesmo cheque em branco e ao portador Ao político sujo, ao mendigo e ao prolixo contador.
As mesmas notas é o que damos em pagamento Pela carreira de cocaína e um quilo de alimento. E com o mesmo cartão de crédito do banco Quitamos aquilo que poderia nos ser franco.
Damos crédito ao ditador, descrédito ao ator E pagamos caro pela apresentação do cantor; A vista compramos um carro, e a prazo o viver Sem saber a diferença entre existir e sobreviver.
Temos dinheiro, o crédito e temos a sorte E nada nos resta receber a não ser a morte Somos, enfim, produto pago a prestação Em uma loja que não aceita a devolução. |
23/9/2018 |
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